O Quadribol de Quarentena
Traducción: Tábata Magalhães
A Confederação do Sul (CdS) anunciou que a sexta edição da Copa del Sul foi adiada para dezembro de 2021, devido à pandemia do Covid-19 que está se desenvolvendo globalmente e que, ao final desta nota, levou os organizadores da Copa do Mundo e da Copa Européia a reagendarem seus eventos esportivos para o próximo ano. Para saber mais sobre os fatores que fizeram de 2020 o primeiro ano, desde 2015, que não haverá edição do mais importante torneio latino-americano da região, conversamos com os representantes do CdS que tomaram essa decisão: Noelia Pauta (Federación Deportiva Peruana Quidditch), Macarena Diaz Latrach (Asociación Chilena de Quidditch), Fiorella Moscata (Asociación Argentina de Quidditch) e João Pedro Dias (Associação Brasileira de Quadribol)
Os governos da Argentina, Brasil, Chile e Peru adotaram medidas bastante diferentes ao enfrentar esta pandemia global. No entanto, algumas semelhanças podem ser encontradas na maneira como afetou os jogadores de quadribol, pois eles são incapazes de treinar com suas equipes; não se sabe quando as atividades esportivas serão ativadas, sem mencionar a incerteza econômica (muitas são impotentes) em termos de reabertura das fronteiras.
A Copa del Sur 2019 diferiu das edições anteriores não apenas em termos de número de equipes que participaram (quase o dobro), mas também porque incluiu a participação de equipes do México e do Brasil pela primeira vez, além dos jogadores do Uruguai e Chile distribuídos em diferentes equipes. Fiorela(Arg) diz que, como todos os anos, dentro da Confederação, “foi feita uma análise da edição anterior, abordando os pontos a favor e contra, expondo possíveis coisas para polir e melhorar e ver como resolver e fazer enfrentando problemas que possam surgir ”.
A logística de um evento de proporções nunca havia sido considerada na América do Sul; portanto, os desafios a serem superados pelas associações de cada país e pela Confederação para realizar a próxima edição eram altos, somados às expectativas de organização de um evento. Assim, Macarena (Chile) detalha que eles tinham "altos padrões" para a edição 2020 da Copa del Sul e acrescenta: "nada menos do que foi visto na última Copa; e, é claro, todas as contribuições e críticas construtivas que foram feitas das associações até a última edição foram levadas e ainda são levadas em consideração ”.
Dessa forma, em 1º de abril, a Confederação do Sul publicou em sua página no Facebook a chamada para os países interessados em sediar a Copa do Sul, com data estimada para 18, 19 e 20 de dezembro de 2020.
João (Brasil), referindo-se ao estágio inicial de escolha do local, explica que sua expectativa "como brasileiro era ter uma forte candidatura" de seu país para ter "a oportunidade de organizar a Copa del Sur pela primeira vez". Além disso, ele detalha que "tínhamos mais pedidos e mais países que queriam participar da nova edição" após o "recorde de participação de 13 equipes", valor que "precisa aumentar a cada ano".
“Em duas semanas, muitas coisas mudaram para os diferentes países que compõem a Confederação do Sul. Antes mesmo de tomar a decisão, sabíamos que era melhor conversar com nossas equipes. Embora tenhamos avaliado muitas outras opções, a opinião de todos, por unanimidade, era que a melhor coisa era celebrar a Copa do Sul no final de 2021 ”, explica Noelia (Peru) sobre a posição que eles transferiram para a reunião do CdS. Como Macarena (Chile) destacou, "é claro que nossa decisão final é apenas a conseqüência das necessidades e opiniões de cada país".
Fiorela (Arg) detalha que, na reunião, "concluímos que em janeiro ou fevereiro de 2021 estaríamos com as mesmas dúvidas e incertezas que em dezembro de 2020", impossibilitando a realização de um evento internacional de magnitude este ano ”. Dezembro de 2021 parecia "a data mais apropriada" porque é um mês "que sempre funcionou muito bem", pois "geralmente os participantes podem tirar férias, estão livres de exames acadêmicos e há muitas facilidades para viajar porque ainda não é alta temporada de férias".
As Associações de cada país receberão o desafio de que em 2021 a Copa do Sul coincidirá com a Copa do Mundo, a ser realizada em Richmond, Virgínia (que também foi adiada), se decidirem participar.
Noelia (Peru) avalia que "o impacto da Copa do Mundo pode nos permitir focar em como estamos preparados para enfrentar dois eventos internacionais, considerando também que eles ocorrem em meses diferentes". Da mesma forma, João (Brasil) acredita que, como a Copa do Mundo ocorrerá no meio do ano, isso não impedirá a realização da "nossa Copa do Sul em dezembro".
“São duas competições totalmente diferentes. Não é o mesmo levar uma seleção de 21 pessoas para uma Copa do Mundo, para que várias equipes possam viajar para competir na Copa do Sul. Isso oferece oportunidades de participação em nível internacional para um maior volume de jogadores. É por isso que não vemos que uma coisa afete a outra ", diz Fiorela (Arg) e acrescenta:" Penso que o nosso desafio como NGB é o objetivo de poder representar nossos países e equipes de maneira confiável nas duas competições "
João (Brasil) espera "que estejamos bem organizados e prontos para realizar talvez a edição mais esperada, dada a grande diferença de tempo" entre a quinta e a sexta Copa del Sur. "A partir de agora, estamos prontos para prever todos os detalhes que permitam que essa seja uma edição que exceda", acredita Noelia (Peru), pois "devemos sempre procurar fazer melhor as coisas".
"O que todos nós queremos é que a Copa del Sur seja um evento maior e de melhor qualidade, buscando sempre atingir seu objetivo principal, que é a comunhão do quadribol sul-americano e idealmente latino-americano", conclui Macarena (Chile).
